segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Mudanças na língua... parte VI - um futuro próximo...hsuahushaushausha

Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo. Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.

No primeiro ano, o "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU" em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.

Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko "H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X" e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe. Da mesma forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a vida da jente.

No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas dois pontos kraze aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.

No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de eskrever xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.

No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio çertu ? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.

Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu mundu vai iskreve sempre çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru us adivogado us eskrito i ate us politiko i u prezidenti olia ço ki maravilia.
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Quando na postagem o botão dizia "salvar agora", olhei pra ele e pensei... agora não tem mais jeito! Ou çerah geito?!
O.o

Mudanças na língua... parte III

E meu professor ainda acrescenta mais um comentário sobre as mudanças...

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Prezada Fernanda,

Vai mais um comentário sobre a reforma ortográfica...

Há ainda uma questão que nunca foi resolvida de modo correto nas muitas reformas do século passado e nesta última. É o caso do Ç. A letra Ç é uma letra do alfabeto e não apenas a soma de C + cedilha (não há outra cedilha!). A letra Ç é uma letra independente, assim como o G, que é C com uma barra vertical. Por quê a reforma não colocou o Ç depois do C: A B C Ç D E ... ? É uma ignorância dos reformadores. O fato de o Ç não constar do alfabeto perturba muito as crianças (e os professores) na alfabetização. No alfabeto turco, o Ç representa o som de [tch] e eles têm também o S cedilha (Ş), que tem o som de [ch], mais uma aberração na história do alfabeto, causada pelo ideal de escrita de base fonológica. Será que não colocamos o Ç no alfabeto porque os franceses não o colocam? Atualmente, não temos palavras começadas por Ç, mas os franceses têm. Está na hora de colocá-la no alfabeto!


Um abraço.


Prof. Cagliari

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Mudanças na língua... parte II

A seguir uma entrevista com Professor Doutor Luiz Carlos Cagliari (meu orientador ^^) feita por um repórter da FAPESP sobre as mencionadas mudanças na ortografia do português.

Prezado Fábio,

Seguem meus comentários às questões que você levantou.


- Há base científica para as modificações contempladas pelo acordo?


As reformas ortográficas têm sido feitas sem o conhecimento científico do que vem a ser a ortografia, daí uma série de equívocos. A questão fundamental não são as regras (as bases) que mudam desse jeito ou daquele. Em primeiro lugar, é preciso saber se precisam mudar, o que justifica uma mudança. Os argumentos dados, em geral são falhos: 1) mudar a ortografia não facilita a vida de ninguém, porque a ortografia não representa a fala de ninguém. É simplesmente uma representação gráfica que permite a leitura. Não vou ler Camões na pronúncia dele, mas na minha. Se cada um faz isso, e isso é o que acontece, a ortografia não representa a pronúncia de ninguém. 2) Unificar a ortografia é um equívoco porque, apesar de seguir regras de uso, tiradas de uma tradição, a ortografia, como a linguagem, em geral, sofre de transformações no tempo e no espaço. Certamente, a escrita sofre muito menos transformações do que a fala, por isso dá a impressão de que é quase imutável. Mas, a história da ortografia de todas as línguas mostra que isto não é verdade. Veja, por exemplo, nos computadores, nos corretores ortográficos, quanto de variação existe para línguas como o Inglês, o Francês, etc. A Língua Inglesa tem uma ortografia (tradicional) britânica e uma ortografia (tradicional) americana. Então, por que precisamos ter apenas um modelo? Se eles se viram bem assim, por que precisamos criar problemas desnecessários. Os problemas diplomáticos atingem somente a Língua Portuguesa? Ou é um falso problema?

3) Com relação as ações tomadas: por ou tirar trema não representa grande coisa. Na verdade, não precisaríamos de nenhum sinal além das letras, nem acento, nem trema. Na situação atual o til seria útil, mas há outros modos (antigos) que mostram que a Língua Portuguesa poderia ser escrita também sem o til. O Inglês não tem sinais diacríticos e não cria problemas aos usuários (e facilita o uso de computador). Com relação ao hífen: em vez da grande confusão que foi colocada nas bases (regras), não poderia haver apenas uma que dissesse que palavras compostas por composição levam hífen, as por derivação não levam hífen.

4) etc.



- Alguns críticos dizem que a reforma, muito embora vá forçar uma mudança em todos os livros didáticos, em arquivos de editoras, etc, é uma reforma superficial. Ela simplificaria a ortografia, mas não chegaria a cumprir o objetivo de padronizar a língua. O que o senhor acha dessa afirmação?


A idéia de simplificar a ortografia é uma ilusão no tipo de reforma ortográfica que vem sendo proposta. Talvez a única simplificação é dizer que não se usa mais o trema (com exceção!...) ou o acento diferencial (?). Veja a confusão que existe no uso de acento gráfico em Português: há um número enorme de regras, todas desnecessárias, porque o falante sabe onde cai o acento nas palavras e quais vogais são abertas ou fechadas. Tirar uma regra ou outra não muda muito. A ortografia do Português foi padronizada em 1910 por força de lei que, como outras não são cumpridas. No caso, é um absurdo ter uma lei sobre ortografia. A Língua Portuguesa é a única que pode mandar alguém para a cadeia, se errar na grafia das palavras, porque é regida por leis e quem desobedecer comete, pelo menos, uma contravenção penal, suscetível de sanção. Basta um juiz querer. Isso é que é unificação. Por outro lado, querer tirar todas as variantes ortográficas é um ideal inútil. Basta ver os vocabulários ortográficos oficiais e encontraremos variantes (flecha / frecha; camião / caminhão; aluguel / aluguer, etc.)



- Vale a pena, na sua opinião, fazer uma reforma como essa? Pergunto isso porque, para quem vê de fora, as dificuldades de implantação das novas regras parecem grandes demais comparadas aos benefícios. Parece importante ter uma padronização para redigir documentos oficiais entre os países de língua portuguesa. Mas isso um certo número de órgãos oficiais e comerciais, enquanto a mudança da ortografia envolve todos os cidadãos. Valeria a pena causar tanta comoção?


Como disse antes, se cada país de Língua Portuguesa oficializasse que qualquer documento escrito em Língua Portuguesa pode ser aceito como documento oficial, como acontece com as outras línguas, não haveria a necessidade de achar que só podemos reconhecer como documento escrito em Português aqueles que trazem a grafia que achamos que é a única que podemos aceitar, por ser nossa. Quando eu mando um artigo para os USA procuro mandar na ortografia americana e quando mando para UK mando na ortografia britânica. Por que nós não podemos fazer o mesmo? Nunca vi um americano reclamar da ortografia britânica nem um britânico reclamar da ortografia americana. É claro que há excessos (veja os blogs), mas isso é um uso específico, não o tradicional.

Como venho dizendo há décadas, o melhor é não mexer na ortografia, não fazer leis, deixar a tradição (recomendada pelos dicionários, gramáticas, vocabulários ortográficos) fazer sua história. Hoje, temos que lidar e ler com muitos documentos antigos, escritos em outras ortografias e nada disto perturba, nem mesmo a lei que precisa desses documentos para se pronunciar em processos e coisas semelhantes.

As regras ortográficas podem ser tiradas do uso tradicional e não apenas através de leis. Os usuários agem da seguinte fora: ou sei escrever e escrevo com certeza, ou tenho dúvidas e não adiante pensar: a solução típica é olhar no dicionário e não ficar procurando regras nas gramáticas. Somente em alguns momentos da escola, essas regras são estudadas. Elas ajudam também, mas não são tão importantes quanto o fato de os usuários memorizarem como devem escrever as palavras. No total do que escrevemos, as dúvidas ortográficas dos usuários comuns não são salvas com as regras (bases), mas pelo conhecimento de outros fatores, como a etimologia, a comparação, etc.

Por outro lado, num país em que grande parte da população não lê e muitos mais pessoas nem sequer escreve (sendo alfabetizadas ou não), uma reforma ortográfica vem perturbar apenas os letrados, muito pouca gente, gente que não quer passar o vexame de não saber mais como escrever a grafia de palavras comuns...



- Entre as mudanças, quais o senhor considera mais impactantes? Alguma delas é imprescindível? Alguma é dispensável? Há diferentes motivações para as diferentes alterações?


A resposta está no que disse acima. Numa reforma, ninguém ganha e muitos perdem. Nenhuma mudança sugerida é necessária: são todas dispensáveis: podíamos ficar com o que tínhamos que não mudava nada. A grande confusão veio quando resolveram transformar a ortografia em lei, um absurdo tão grande quanto o fato de terem tornado oficial uma nomenclatura gramatical brasileira. Aberração sem tamanho.



- Parece que a maior resistência à reforma vem de Portugal. Por que isso acontece? O senhor vê, como alguns, uma "brasilificação" da língua com essa reforma?


Já estive em reunião em Portugal na qual alguns acadêmicos e escritores discutiam a unificação. As pessoas achavam a reforma totalmente desnecessária: tudo podia continuar como estava, que estava bom. Nesse sentido, esta reforma (contrariamente à de 1910) representa um gesto brasileiro contra a tradição da língua. As pessoas, de um modo geral, acham que Portugal, Brasil, etc. podem usar o sistema ortográfico em uso nos diferentes países da lusofonia ou de fora. Para uma pessoa culta, a escrita (a linguagem mais) traz as marcas da pátria, da história e isso fica prejudicado por leis que pretendem que todos sejam iguais... Os literatos são os que mais sofrem, porque a ortografia também pode ter valor estilístico, como acontece com Saramago. Os poetas concretistas deveriam e alguns agentes de propaganda deveriam ser presos, porque desrespeitam as leis da ortografia, ou será que para eles, a lei não se aplica? E para as crianças que estão se alfabetizando: não podem errar? É uma questão de lei, de cultura, de costume, de uso, de arte, ... do quê?




- A padronização poderia aquecer o mercado editorial, viabilizando comercialmente os livros brasileiros em Portugal, por exemplo?
- Um professor do Rio Grande do Sul, Cláudio Moreno, comentou o seguinte: "Assisti às mudanças em 1971, quando foi retirado o acento circunflexo diferencial de "gelo" e "coco". Os dicionários e livros de literatura infantil tiveram que ir para o lixo. É uma tolice. Só países ridículos fazem reformas ortográficas". O que o senhor acha disso?


Na verdade, o problema não está na reforma ortográfica. Alguém poderia propor alterações na grafia das palavras e se os usuários passarem a aderir, com o tempo virava tradição, como aconteceu sempre. O problema é transformar a ortografia em lei: todos os problemas são derivados desse erro inicial. Se não for oficial, a ortografia pode aparecer de modos diferentes e os livreiros não precisam jogar nada no lixo. E nossas bibliotecas: vamos jogar fora os livros escolares de nossas bibliotecas escolares porque estão com a ortografia errada? Numa dessas ações, todas as cartilhas foram jogadas fora e hoje cartilha antiga é o livro mais raro. Eu faço coleção e sei o quanto é difícil encontrar uma. Mas, sem as cartilhas, como podemos escrever uma história das cartilhas? O mesmo vale para muitos livros didáticos e infantis que se perderam...



O português muda demais? Tive uma vivência de alguns anos na França e não via grande diferença entre o francês usado correntemente e o dos livros do século 18. A língua é viva e muda. Teremos que fazer reformas eternamente conforme ela muda, ou seria menos confuso fazer como os franceses, que aparentemente (falo por observação empírica, posso estar completamente enganado) fixam a ortografia, ainda que pareça arcaica?


Apesar da longa tradição de brigas por reformas ortográficas na Língua Francesa e Inglesa, o sistema se mantém há séculos sem grandes mudanças. Poderíamos ter seguido o exemplo, mas entramos num caminho errado. Para entender a ortografia, a idéia básica é a seguinte: a escrita permite a leitura (não é transcrição fonética nem semântica) portanto basta reconhecer na escrita o que o usuário fala (em seu dialeto – é assim que lemos). Para que isso funcione foi criada a ortografia, cujo objetivo é neutralizar a variação lingüística: não interessa se você fala tia ou tchia, problema ou pobrema, ponhei... a escrita é uma só: tia, problema, pus... Desse modo, não é o alfabeto que diz que som a letra tem, mas a ortografia!!! A letra A tem o som de todos os AS falados em todos os dialetos em todas as palavras da língua. Assim, em ‘acharu’ que se escreve ACHARAM, o A tem o som de U; em ‘encontremo’, que se escreve ENCONTRAMOS , o A tem o som de E, assim como em “tchia’ que se escreve TIA tem o som de TCH, mas não em ‘tatu’, e assim por diante.



- Quanto tempo uma reforma dessas deve levar para ser assimilada pelas populações?


Com relação à reforma (e lei) de 1919, constatamos que somente na segunda metade do século XX as pessoas aderiram de fato à reforma (nem todas). As publicações (jornais, revistas, livros) também só adotaram definitivamente a reforma 50 anos depois !! No caso das reformas posteriores, a intervenção do MEC nas escolas, nos livros e nas editoras foi ameaçadora, como é hoje: ou tudo ou nada. Com relação às pessoas cultas, a reforma começa logo, por força social. Com relação à escola é sempre um problema grande para os professores e menor para os alunos (eles estão ainda aprendendo e podem aprender qualquer coisa, não precisam modificar nada que sabiam antes... dependendo do grau de escolaridade). O povo... pouco interessa. Muitos continuarão escrevendo fora de qualquer padrão tradicional ou imposto por lei, mas de acordo com hipóteses que eles fazem de como podem escrever para alguém ler e entender o que eles querem dizer..... ortografia para eles é coisa de gente que estuda...


A princípio, acho que é isso, professor. Muito obrigado por sua atenção.


Atenciosamente,


Fábio de Castro
Editor - Agência FAPESP
(www.agencia.fapesp.br)
(+55) 11 3838-4234
> (+55) 11 7310-4327
> fcastro@ fapesp.br




Prezado Fábio,

Como você pode observar, na nossa tradição acadêmica, as pessoas conhecem muito pouco sobre a natureza, funções e usos da ortografia. Comentei apenas o que acontece agora, respondendo suas perguntas. Mas, há muita gente tentando fazer uma reforma ortográfica para transformar o sistema ortográfico em um sistema semelhante ao sistema fonológico, um sistema que eles chamam de grafemático. É uma outra loucura acadêmica, derivada de ignorância de fatos básicos sobre o que é o sistema de escrita e o que é a ortografia.

Acho que o fato de eu poder escrever deixa minhas idéias mais claras e precisas, do que acontece numa simples conversa sobre o assunto, mesmo que seja através de um e-mail.


Cordiais Saudações.


Luiz Carlos Cagliari

e-mail: lccagliari@vivax.com.br

tel. (16) 3336-3759


Mudanças na língua... parte I

A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste terão a ortografia unificada.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.

Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008:

- As paroxítonas terminadas em “o” duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de “abençôo”, “enjôo” ou “vôo”, os brasileiros terão que escrever “abençoo”, “enjoo” e “voo”.

- mudam-se as normas para o uso do hífen

- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus decorrentes, ficando correta a grafia “creem”, “deem”, “leem” e “veem”.

- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como “louvámos” em oposição a “louvamos” e “amámos” em oposição a “amamos”.

- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever “linguiça”, “sequência”, “frequência” e “quinquênio” ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de “k”, “w” e “y”.

- O acento deixará de ser usado para diferenciar “pára” (verbo) de “para” (preposição).

- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”, “idéia”, “heróica” e “jibóia”. O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.

- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o “c” e o “p” nas palavras onde ele não é pronunciado, como em “acção”, “acto”, “adopção” e “baptismo”. O certo será ação, ato, adoção e batismo.

- Também em Portugal elimina-se o “h” inicial de algumas palavras, como em “húmido”, que passará a ser grafado como no Brasil: “úmido”.

- Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.



Tem tantas coisas para eles mexerem.... pra mexer na línguaaaaaaaaa!!!!!

sei de um lugar ótimo onde eles deveriam mexer ¬¬



Música para distrair: Nabuco foi a floresta caçar borboleta, encontrou a velha com a mão... Naaabuuuu...co foi a floresta caçar borboleta... ^^



domingo, 26 de agosto de 2007

Depois do Começo

Letra: Renato Russo

Vamos deixar as janelas abertas
Deixar o equilíbrio ir embora
Cair como um saxofone na calçada
Amarra um fio de cobre no pescoço
Acender um intervalo pelo filtro
Usar um extintor como lençol
Jogar pólo-aquático na cama
Ficar deslizando pelo teto
Da nossa casa cega e medieval
Cantar canções em línguas estranhas
Retalhar as cortinas desarmadas
Com a faca surda que a fé sujou
Desarmar os brinquedos indecentes
E a indecência pura dos retratos no salão
Vamos beber livros e mastigar tapetes
Catar pontas de cigarros nas paredes
Abrir a geladeira e deixar o vento sair
Cuspir um dia qualquer no futuro
De quem já desapareceu
Deus, Deus, somos todos ateus
Vamos cortar os cabelos do príncipe
E entregá-los a um deus plebeu
E depois do começo
O que vier vai começar a ser o fim
se eu soubesse o que precisava saber seria sábio
me!

sábado, 25 de agosto de 2007

Nihil


"... Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar..."

trecho de Tô (Tom Zé)

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Já estou cheia de tantas coisas por aí. Por aí tem tantas coisas das quais estou cheia. Cheia de tantas coisas estou por aí. Cheia de tantas. Coisas. Estou tantã já. (fgs)

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vejo a vida veloz velada vociferando
vivida em valores velhos, vis
valho vinte vezes vocês*
vozes vindas dos vãos
versificam vulneráveis veneráveis
veias volumosas vaiam veementemente
vamos visualizar a volta verdadeira
visões validem vossos votos
o verde vinga-se vigorosamente
vês ves vibrantes... (fgs)

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AGORA VOCÊ ENTENDEU? NÃO? VOU EXPLICAR: V!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

SIMPSONS.... perfekt!!!




Meu avatar by Matt Groening!


Mas será o benedito!

sábado, 11 de agosto de 2007

Pau no Coelho....

Mais um vídeo...



segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ensaio da "toskera"

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Sopa de letrinhas!!!!


Uma subversão literária que me propus realizar...



Alimento para corpo e alma!!!




"quando na paz, busco guerra, estando nela, busco a paz" - by myself