segunda-feira, 9 de abril de 2007

Older Chests

Damien Rice

Older chests reveal themselves
Like a crack in a wall
Starting small and grow in time
We all seem to need the help
Of someone else to mend that shelf
Of too many books
Read me your favourite line
Papa went to other lands
And found someone who understands
The ticking and the western man's need to cry
He came back the other day you know
Some things in life may change
And some things they stay the same
Like time
There's always time
On my mind
So pass me by
I'll be fine
Just give me time
Older gents sit on the fence
With their cap in hand
Lookin’ grand
They watch their city change
Children scream or so it seems
Louder than before
Out of doors and into stores with bigger names
Mama tried to wash their faces
But these kids they lost their graces
When daddy lost at the races too many times
She broke down the other day you know
Some things in life may change
But some things they stay the same
Like time
There's always time
On my mind
So pass me by
I'll be fine
Just give me time

3 comentários:

Anônimo disse...

Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje de caçador

Oh meu velho e invisível Avôhai
Oh meu velho e indivisível Avôhai

Neblina turva e brilhante em meu cérebro coágulos de sol
Amanita matutina e que transparente cortina ao meu redor
E se eu disser que é meio sabido você diz que é meio pior
E pior do que planeta quando perde o girassol
É o terço de brilhante nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira que nunca dormia só

Avôhai... Avô e pai
Avôhai

O brejo cruza a poeira de fato existe
Um tom mais leve na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida, sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai...

Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei
Voava de madrugada e na cratera condenada eu me calei
Se eu calei foi de tristeza, você cala por calar
E calado vou ficando, só falo quando você mandar
Rebuscando a consciência, com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa, girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pra doutor não reclamar

Avôhai... Avôhai
Avôhai... Avôhai

Anônimo disse...

Ansiedade

Esta ansiedade que nos enche o peito
Enche o céu, enche o mar, fecunda a terra.
Ela os germens puríssimos encerra
Do Sentimento límpido, perfeito.

Em jorros cristalinos o direito,
A paz vencendo as convulsões da guerra,
A liberdade que abre as asas e erra
Pelos caminhos do Infinito eleito.

Tudo na mesma ansiedade gira,
Rola no Espaço, dentre a luz suspira
E chora, chora, amargamente chora...

Tudo nos turbilhões da Imensidade
Se confunde na trágica ansiedade
Que almas, estrelas, amplidões devora.

Anônimo disse...

Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.

E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.