Não tenho nada a falar
Sim, absolutamente!
Que teria eu a escrever?
Buraco constituído de pele, carne e ossos
E mais, que busca encontrar aqui?
O que procura nas palavras?
Alento? Esconderijo? Mímesis?
Saia! Fora daqui!
Porque não tenho nada
e não há nada a dizer,
Porque não digo nada
e não há nada a fazer,
Porque não existe nada
e não há nada a temer!
3 comentários:
Não tenho tempo a perder
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder
Não é o meu país
É uma sombra que pende concreta
Do meu nariz em linha reta
Não é minha cidade
É um sistema que invento
Me transforma
E que acrescento
À minha idade...
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Eu devia ter seguido esse sábio conselho!
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